domingo, 30 de maio de 2010

DAS ACONTECÊNCIAS

AS INDAGAÇÕES:


“A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas.” (Mário Quintana)

É engraçado como algumas frases parecem ser um texto inteiro, muito maior do que elas próprias. E acontece isso pelo teor dessas palavras que, juntas, podem dar sentido a toda uma existência. Mesmo que essa existência seja recente em nossas vidas, fruto de uma acontecência cujo motivo ainda não entendemos plenamente. É que o acaso – eu não sei – não deve existir; ele promove encontros, despedidas, reuniões e surpresas, mas ele, em si, e por si, não é um acontecimento. É esse acaso que nos faz as melhores perguntas, essas perguntas certas, e deixa em nós sabores, cheiros, sensações, vontades. E eu? Eu sigo perguntando... Conhecendo, sendo conhecida. Descobrindo um outro mundinho.

E eu continuo, também, “roubando” frases de poetas descaradamente... Mas sabe o que é? Eu me sinto co-autora, porque eu vivo. E a poesia passa não somente a existir/ser em mim, mas passa a ser, também, minha; assim como as canções em que divido a voz com alguém. E assim, também, como as canções de tantos poetas e cantores, cantadores.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Reticências e Pontos.

Eu ando tão reticente, tão redundante... Mas parece que minha poesia é inversamente proporcional, sintética, reduzida, pontuada. E por isso vou postar algo não tão novo, mas inédito por aqui:


Boas Vindas

Achega-se, entra.

Traga brisa ou vento, boas vindas!

Deixa aqui lágrima, riso ou alegria

Mas não te esqueças de deixar de si e levar de nós

A fúria e a ternura da poesia!