quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Rituais de Passagem Parte II – Da água que correu. Histórias assim não começam nem tem fim, elas existem.

Agora vamos deixar o meu amado Clube da Esquina de lado, porque eu não estou num momento Clube. Quero dizer, estou. Mas não estou num momento Clube bom. Então é melhor desviar.

Eu estou tentando escrever esse texto há dias. Há semanas... Mas não me sinto suficientemente inspirada. Acho que é porque, na verdade, muito tenho a dizer. Em vez de eu cantar, como o Milton canta em Travessia, “muito tenho pra falar”, eu me calarei. Porque no silêncio rezo a Deus por meus projetos de vida, por minhas esperanças.
Este fim de ano, para mim, não é um lamento. Mas é uma oração que contém uma gota de lamento pelas rupturas que tenho vivido.

Eu queria, agora, estar numa praia, vendo a linha do horizonte, e ver o vento levar esse sentimento “esquisito” embora...

Existe um incômodo, mas, numa proporção aumentada, muito mais significativa, a vontade, o desejo e a esperança de que tudo, TUDO DÊ CERTO!

Eu preparo meu terreno – meu coração, solo sagrado – para a chuva que Deus enviará quando achar que estou pronta. Não quero agir como o fazendeiro que só ara a terra e prepara as sementes quando vê que a chuva está prestes a cair. Quero estar preparada.

Então, que 2011 seja doce!

Eu quero mais.
Mais paz.
Mais saúde.
Mais poesia.
Mais verdade.
Mais noites bem dormidas.
Mais noites em claro.
Mais sorrisos, beijos
e aquela rima grudada na boca.

(Fernanda Mello)

2 comentários:

  1. sabe,pode até te preparar p a chuva. mas não te engane, o doce mesmo é sentir brotar da terra o inesperado.

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  2. Por mais que milhões de coisas precisem se ditas, em alguns momentos o calar-se é inevitável, útil e vital.

    Me identifiquei muito com o seu blog. =)

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